sexta-feira, 1 de julho de 2011

01 de Julho "O ser Humano é triste, viu?"

Bons tempos os de criança. Os dias demoravam passar. Assim como janeiro e fevereiro, julho era inteirinho de férias. Longos períodos de recreação e momentos inesquecíveis.
Os tempos são outros para os meninos e meninas de hoje. Menos férias e mais escola. E o trabalho de gente grande, então! Horas que simplesmente desaparecem numa corrida alucinada e sem fim. Voam, desenfreadamente, as semanas, os meses, os anos, a vida.
Hoje é primeiro de julho. Metade de 2011 já ficou para trás. Não seria hora de puxar um pouquinho o freio de mão e reavaliar esses primeiros 181 dias?
Quanto desse tempo foi dedicado para o trabalho? E para a família, o lazer, o descanso? E as famosas decisões tomadas na virada do ano, em que pé estão? Os quilinhos a mais continuam nos mesmos lugares, diminuíram ou aumentaram? E o programa de exercícios físicos diários? E o curso de inglês, espanhol ou mandarim? Quantos livros você já leu este ano?
E onde ficou Deus em sua vida nesses primeiros 181 dias de 2011? Tem conseguido separar, no começo do dia, um tempinho para Ele?  Como vai da leitura da Bíblia? Conseguindo ler dois ou três capítulos diariamente? Ou o livro sagrado está perdido em algum lugar dentro de casa?
A constatação machuca e até envergonha. Somos escravos do urgente.  O importante, o que vale a pena, o que envolve a eternidade e a felicidade, acabamos deixando para depois, para amanhã, para o próximo mês, para o ano que vem… Fazemos muito em pouco tempo e ainda precisamos fazer mais. É a insaciabilidade do fazer. Nunca estamos contentes ou realizados.
Não sei se é assim com você. Alguma coisa do que escrevi aí acima é a minha realidade. Dura realidade. Quantas vezes as 24 horas do dia são insuficientes. Lá vai o urgente absorvendo o tempo do exercício físico, do estudo de uma língua estrangeira, da leitura de mais livros – quantos livros comecei a ler e ainda não terminei...
A maior vitória, porém, tem sido o tempo diário com Deus no começo do dia. Ele tem me ajudado a conquistar essa bênção. Sem isso, não teria sobrevivido.
Agora, nesses 184 dias restantes, é vencer o sedentarismo. Ganhar massa muscular e um pouco de peso, estudar um novo idioma, criar um novo software, não trazer tanto (ou, quem dera, nenhum) trabalho para casa… É. A lista vai ficando grande. Grande como esse texto que tomou um rumo diferente do imaginado.  Virou um confessionário.
Ah, e os planos que já foram adiadas para a segunda semana de julho… Será que vai dar para sair em julho, mesmo? Tudo bem. É o tem tirando para Deus! São os dias, as semanas, os anos… a vida que se vai!
Você que aguentou a leitura até aqui, pode questionar-me agora: “e como fica esse penúltimo parágrafo aí acima? Quando vai, realmente, começar?”
Enrubescido e baixinho eu respondo: “o ser humano é triste, viu? como é fácil se perder nas promessas!”

texto adaptado do Amilton Menezes

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